© Edison Vilela
Povos Indígenas em Minas Gerais
Eram mais de cem os grupos indígenas que viviam em Minas Gerais. Ao longo dos anos, eles foram sendo dizimados pelo homem branco, que os escravizava, matava, ocupava suas terras e lhes transmitia suas doenças. Os Carijós, ou índios escravos, como eram chamados pelos colonizadores, foram pouco a pouco perdendo seu espaço. Com o tempo desapareceram os Puris do Sul de Minas, os Caiapós e os Bororós do oeste e muitos outros.
População quase em extinção, os índios do Estado estão reduzidos aos grupos
Aranã
População: 362 (FUNASA - 2010)
Local: municípios de Coronel Murta e Araçaí
Reserva: Fazendas Campo, Alagadiço, Lorena, Cristal e Vereda
Grupo linguístico:Tronco Macro-Jê
Nota: Exitem pessoas do povo Aranã vivendo em áreas urbanas nas cidades de Araçuaí, Coronel Murta, Pará de Minas, Juatuba, Betim, Belo Horizonte e São Paulo.
Kaxixó
População:301 (SIASI/SESAI - 2014)
Local:município de Martinho Campos
Reserva: Capão do Zezinho, Fazenda Criciúma e Fazenda São José - 35,28 hectares
Krenak
População: 434 (SIASI/SESAI - 2014)
Local: município de Resplendor
Reserva:4.039 hectares
Grupo linguístico: Borum - Grupo Macro-Jê
Nota: também são utilizados os nomes - Crenaque, crenac, Krenac, Botocudos, Aimorés e Borum
Maxakali
População: 2.076 (SIASI/SESAI - 2014)
Local: município de Bertópolis e Santa Helena de Minas
Reserva: Água Boa e Pradinho
Grupo linguístico: Maxakali
Nota: autodenominação - Tikmu'un e Kumanaxú
Pankararu
População: 126
Local: município de Coronel Murta
Reserva: Fazenda Alagadiço - 62 hectares
Pataxó
Populção: mais de 300
Locais: municípios de Carmésia, Açucena, Candonga e Itapecerica
Reserva: Fazenda Guarani em Carmésia
Grupo linguístico: Macro-Jê
Xakriabá
População: 8.867 (SIASI/SESAI - 2014)
Local: município de São João das Missões
Reserva: Terras indígenas e Xacriabá rancharia - 46 mil hectares
Grupo linguístico: Jê
Xucuru Kariri
População: cerca de 170
Local: município de Caldas
Reserva: Fazenda Boa Vista - 100 hectares
Nota: dezesste famílias chegaram ao sul de Minas em 2001 depois de serem expulsos de Palmeira dos Índios, AL. As famílias foram assentadas em terras doadas pelo governo federal. Antes de se estabelecerem em Caldas passaram algums anos no município de São Gotardo, região do Alto Paranaíba.
Esses grupos, que ainda sobrevivem nas reservas, continuam a praticar seus cultos e atividades, ainda preservam usos e costumes, mas são pobres e doentes, habitam choças, sofrem muita pressão de fazendeiros e recebem pouca assistência dos governos e da sociedade.
"Nós somos índios em qualquer lugar. Não importa onde estamos; não importa se somos reconhecidos... A gente se sente diferente dos outros. A maneira de ser da gente é diferente. Não sei, não sei se é... mas a gente sente assim. A gente precisa é estar junto." (Dona Rosa Aranã, 07/07/01)