A 57 km de Belo Horizonte e em plena Estrada Real, o município de Itabirito, localizado entre inspiradoras montanhas e sob solo rico em minerais, é uma cidade onde aventuras não faltam ao visitante. Cavalgar, pedalar e caminhar pelas belezas naturais exuberantes, banhar-se nas límpidas cachoeiras e se divertir na histórica Ferroviária são uma das opções do que se fazer na cidade. Além disso, o contexto histórico do município também oferta ao turista um riquíssimo conhecimento, já que Itabirito é dona de igrejas e construções que relatam com fidelidade os tempos do Império.
A história das terras que, hoje, abrigam a bela cidade começou a se delinear no final do século 17, quando as descobertas de ouro nas imediações de Sabará e Ouro Preto provocaram grande deslocamento de pessoas para a região central de Minas Gerais. Colonos e imigrantes de vários lugares começaram a povoar o território, que, em pouco tempo, se transformou em arraiais, freguesias e vilas.
O povoamento inicial na sede e nos distritos de Itabirito – Acuruí, Bação e São Gonçalo do Monte – é contemporâneo às primeiras explorações auríferas em Minas. Durante esse período, destacam-se: a presença do distrito de Acuruí (antigo Rio das Pedras) em um dos braços da Estrada Real, ligando Sabará a Ouro Preto; o Pico de Itabirito como marco geográfico para os deslocamentos das expedições pelo Rio das Velhas; e a edificação de grande parte dos antigos templos religiosos de Itabirito.
As atividades de mineração do ouro na sede e em Acuruí continuaram ativas e influenciaram a economia regional até meados do século 19, apesar dos sinais de esgotamento de boa parte das jazidas no Estado. Conectadas às atividades comerciais, agrícolas e pecuárias, as extrações auríferas ajudaram a minimizar os efeitos da crise mineratória nessas localidades. No entanto, a partir de 1845, as evidências de diminuição dos rendimentos das lavras e o desabamento da Mina de Cata Branca, a principal da região, começaram a provocar expressivo desaquecimento econômico, que se refletiu na vida social e cultural da população local.
Esse cenário arrastou-se até 1880, quando a instalação dos trilhos da Estrada de Ferro Dom Pedro II, a abertura de empresas nos ramos da siderurgia, tecidos e couro e o crescimento da população passaram a modificar a feição da sede de Itabirito (antiga freguesia de Itabira do Campo). Aos poucos, a antiga paisagem colonial começou a ser substituída pela paisagem industrial. Esse desenvolvimento tornou-se a base de sustentação para os desejos de emancipação municipal, realizada em 7 de setembro de 1923.
Itabirito abriga importante atividade de exploração de minério, além de outros ramos dinâmicos nos setores da indústria e de serviços. Atualmente, o município desenvolve-se buscando equilibrar as necessidades do presente e a valorização do seu patrimônio cultural, referência importante sobre as histórias que antecederam ou acompanharam a sua formação. Itabirito está construindo uma visão que entende a importância da memória e do passado nas projeções do presente e do futuro.
A quintanda típica do município é o pastel de angu. O modo de fazer do pastel de angu foi registrado pelo município, em 10 de dezembro de 2010, como patrimônio de natureza imaterial. Quem visita Itabirito não pode deixar de experimentar o delicioso acepipe.
Texto: Prefeitura de Itabirito