O município se destaca no cenário nacional como um dos mais belos destinos de ecoturismo do país. O Parque Nacional da Serra da Canastra tem 80% de sua área de preservação pertencente a São Roque de Minas, o que enche de orgulho o povo são-roquense.
Além das belezas naturais do parque, a cidade é famosa pela produção do queijo canastra e de cachaças artesanais. O modo artesanal de fazer queijo de Minas, na região do Serro e das serras da Canastra e do Salitre, foi registrado como bem de natureza imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no dia 13 de junho de 2008.
O Parque Nacional da Serra da Canastra possui excelente infraestrutura de apoio ao visitante e ostenta uma variedade de animais e plantas de inúmeras espécies. Na parte alta do parque, encontra-se a nascente de um dos mais importantes rios do Brasil: o rio São Francisco. Já em sua parte baixa, localizam-se a primeira queda do rio, a bela e exuberante Casca d'Anta.
A história do município de São Roque de Minas começa a ser contada em 1754, quando Manuel Marques de Carvalho, o mesmo que promoveu a criação da paróquia de Piumhí, ergueu, em terras de sua fazenda, a capela de São Roque.
Em 1802, Manuel transferiu a capela de São Roque para a freguesia de Bambuí, visto que a comunicação com Bambuí era difícil, e o vigário não zelou corretamente pelos paroquianos. Sendo assim, após constantes reclamações do povoado de São Roque, em 1823, eles apelam veementemente ao bispo de Mariana, Dom José da Santíssima Trindade, para que a paróquia fosse transferida de Bambuí para Piumhí. Após visita pastoral e depois de examinar bem a situação em Piumhí e também em Bambuí, o bispo autorizou a mudança da freguesia, atendendo aos pedidos dos moradores de São Roque.
No Livro de Visitas Pastorais de Dom Frei José da Santíssima Trindade, 1821-1826, existe a citação: "Não se deve desprezar a nota constante da informação do Ver. Vigário da Vara, de que o primeiro braço do córrego nascido da serra da Canastra foi sempre conhecido desde o começo da povoação por ‘Cabrestos Grandes', hoje vulgarmente chamado o Rio de São Francisco e só fazendo barra com o de Santo Antônio, Samburá e Ajudas é que vem perder as suas denominações e é então que começa a ser reconhecido verdadeiramente por Rio São Francisco [...]".
A povoação de São Roque foi elevada a distrito do município de Piumhí pela Lei nº 239, de 30 de novembro de 1842. A Lei nº 906, de 8 de junho de 1858, elevou o distrito à freguesia. Posteriormente, o Decreto nº 148, de 17 de dezembro de 1938, criou o município, mudando o nome para Guia Lopes, em homenagem ao herói da Retirada da Laguna, que nascera em Piumhí, de onde aquela localidade se desmembrava. Mas foi em 30 de dezembro de 1962, por meio da Lei nº 2764, que Guia Lopes recebeu a atual denominação de São Roque de Minas.
Além das belezas naturais e do delicioso queijo canastra, o povo são-roquense honra a grande tradição mineira - a hospitalidade.
Fonte: Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais.