Tranquila e tradicional. Assim podemos descrever Águas Vermelhas, localizada no Nordeste de Minas Gerais. A cidade é um pequeno núcleo urbano que se desenvolveu ao redor do rio Mosquito e que mantém a tradição de festejar seu padroeiro, São Sebastião, com celebrações religiosas e quadros vivos sobre a vida do Santo.
Igual à grande parte dos municípios do Norte de Minas, a cidade tem sua história baseada nas expedições em busca de ouro, onde os desbravadores construíam currais como forma de abrigo. Um desses currais, localizado às margens do rio Mosquito, transformou-se em povoado com o nome de São Sebastião de Águas Vermelhas. Em 1938, foi integrado ao município de Salinas, passando a se chamar Águas Vermelhas.
Com apenas 13.000 habitantes (IBGE), o município foi elevado à categoria de cidade em 1962, quando ainda era cercado por árvores frondosas e uma grande diversidade de pássaros, que faziam arruaças nas antigas plantações de mandioca.
A economia do município é basicamente agrária e de subsistência. O comércio atende às necessidades básicas da população, assim como sua agricultura, destacando-se a cultura da mandioca, de onde deriva a produção de farinha, vendida para os Estados do Nordeste. Um período importante da economia do município foi o ciclo do carvão (1972 -1994), que proporcionou aumento de empregos e renda para a população.
Em 1963 a cidade teve um dos primeiros contatos com o progresso. Isaías Galvão foi eleito prefeito, em seguida, Laurentino José de Almeida, Darci Spósito, Rosivaldo Brito de Sousa, Valdeci José de Souza e a atual prefeita Rosa Nízia, a primeira mulher a assumir o comando do município, quebrando tabus e preconceitos, até mesmo garantindo sua reeleição.
