Município de Abrangência
Lambari
Portaria
Está localizada no bairro de Nova Baden
Distância de Belo Horizonte ao Parque
345 Km
Como Chegar
Saindo de Belo Horizonte, seguir pela BR 381 /Rodovia Fernão Dias, no sentido São Paulo, até o trevo de Campanha - Rodovia Vital Brasil/BR 267. Pela BR 267, seguir até o trevo de entrada para o município de Lambari. No início da BR 460, seguir por 10 km até a placa que indicará o parque.
Sede administrativa
Estrada principal, s/n, bairro Nova Baden
Telefone: 35 3271-1381
Caixa Postal 128 - CEP 37480-000
penovabaden@meioambiente.mg.gov.br
Funciona próximo a portaria do parque
Infraestrutura
Interna
Sede administrativa, estacionamento, portaria e centro de visitantes.
Entorno
A cidade de Lambari um destino tradicional no turismo mineiro está equipada com infraestrutura turística para receber o visitante. Pode-se também fazer a opção de pernoite em São Lourenço ou Caxambu.
Horário de Funcionamento
Diariamente, das 8h às 17h
Na cidade de Lambari são oferecidos passeios de charrete, a cavalo e táxis para visitas ao parque.
Entrada gratuita para crianças de até 5 anos de idade e idosos. Meia-entrada para estudantes.
Área
2,14 Km²
Criação
A área era protegida desde 1974 quando foi criada a Reserva Biológica de Nova Baden. Em 27 de setembro de 1994 através do Decreto n° 36.069 foi criado o Parque Estadual Nova Baden.
Objetivo
Preservar valiosos exemplares da fauna e a flora da mata atlântica na serra da Mantiqueira.
Descrição
Seu nome foi inspirado na região de Baden Baden, na Alemanha, pois Américo Werneck, o antigo dono das terras onde fica a unidade, observou semelhanças entre as regiões e assim a denominou.
Situado na serra das Águas o parque conserva importantes nascentes de águas minerais, fazendo parte do Circuito das Águas. Possui também remanescentes florestais da mata atlântica, um dos biomas mais ameaçados do mundo e do qual só restam 10% da área original no Estado.
Relevo
O relevo é montanhoso e escarpado e conduz as águas por vales, grotas e ravinas. As altitudes variam entre 900 e 1.300 m e a região possui clima tropical de altitude.
Hidrografia
"Os recursos hídricos são um dos principais elementos do parque. Várias nascentes existem no interior da mata, sendo a mais importante a cachoeira Sete Quedas... O Parque está localizado na bacia hidrográfica do rio Grande, no alto trecho do rio Lambari, seu afluente pela margem esquerda. Encontra-se inserido na sub-bacia do ribeirão do Melo, que tem suas nascentes nas proximidades da sede municipal, a uma altitude de 1.100 m. " (IEF)
Clima
A região possui clima tropical de altitude. No verão, a temperatura é agradável e as noites são frescas. Nessa época, a umidade aumenta bastante devido às chuvas. Os invernos são secos e o período de estiagem dura de cinco a sete meses, geralmente de abril a outubro.
A média das temperaturas máximas é de 26,5Cº e, das mínimas, 14,1 Cº.
Vegetação
O parque abriga espécies da flora como jequitibá, araucária, cedro, peroba, jacarandá, palmito-juçara, orquídeas, bromélias, entre outras. A diversidade de líquens que cresce sobre o tronco das árvores é outro destaque da unidade. Chamados de bio indicadores, os líquens são muito sensíveis e morrem quando há poluição no ar ou modificações drásticas no ambiente; ou seja, sua presença indica que a qualidade do ar é boa e que o ambiente está equilibrado e saudável.
Ainda em relação à vegetação, a unidade possui um campo brejoso, no qual predomina uma espécie ornamental exótica conhecida como lírio-do-brejo ou lágrima de moça, além de inúmeras espécies de plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas e famílias botânicas.
Fauna
Devido à grande diversidade de espécies, o parque é um local apropriado para observação de aves. Os destaques ficam por conta das espécies olho-falso, choca-da-mata, arapaçu-verde, saí-azul e tangará-dançarino. Também atraem muita atenção o pica-pau-rei, o pavó, o chibante e o canário-da-terra. Este último - também conhecido como canário-da-terra-verdadeiro, canário-da-horta, canário-da-telha, canário-do campo, chapinha, canário-do-chão, coroinha e cabeça-de-fogo - é típico de campos secos, campos de cultura e caatinga, bordas de matas, áreas de cerrado, campos naturais, pastagens abandonadas, plantações e jardins gramados, sendo mais numeroso em regiões áridas.
Entre os mamíferos avistados, figuram o caxinguelê, o tapeti, o macaco-prego e o bugio, que enche a mata com sua vocalização típica. Há também tamanduás, tatus e gatos-do-mato e foi observada a presença de quatro espécies muito admiradas da fauna brasileira: o lobo-guará, a onça-parda ou suçuarana e o sagui-da-serra-escura.
A região é caracterizada pela diversidade de répteis e anfíbios, além de possuir uma rica entomofauna, isto é, fauna constituída de insetos, cobiçada fonte de alimentos de aves, anfíbios, répteis e mamíferos.
Uma nova espécie de percevejo foi identificada em sua área, apresentado preferência por local muito úmido. Em homenagem ao parque, ela recebeu o nome de Pachymeroceroides novabadensis e ainda não tem denominação popular.
Histórico
Engenheiro civil, escritor, romancista e político influente da época, Américo Werneck morou na região entre o final do século 19 e o início do século 20. Foi o primeiro prefeito de Águas Virtuosas de Lambary, hoje Lambari. O Parque Estadual Nova Baden situa-se nas terras que pertenceram à Fazenda Pinheiros, sua propriedade e residência.
Em 1898, Werneck foi secretário de Agricultura de Minas Gerais e criou, nas proximidades da fazenda, a Colônia Nova Baden. Em 1901, construiu a Estação Ferroviária de Nova Baden com objetivo de desenvolver a colônia que abrigava brasileiros e estrangeiros para serviços agrícolas.
Com apoio do então presidente do estado de Minas Gerais, Wenceslau Braz, deu início, em 1909, aos projetos urbanísticos da cidade. Sua intenção era torrná-la uma imponente estância hidromineral, semelhante às que existiam na Europa na época. Entre seus projetos para a cidade, destacam-se o Cassino, o lago Guanabara, o Farol da Ducha, o Parque Wenceslau Braz e o Parque das Águas.
Mais tarde após discussões com o governo, Werneck abandonou a cidade e nunca mais retornou para reaver suas terras em Lambari, o que levou o estado se apropriar da fazenda, transformando-a em uma área de reserva municipal, destinada à proteção ambiental.
Assim, em 27 de setembro de 1994, sua categoria de manejo foi alterada para parque estadual.
O que ver e fazer
Casarão
Atual sede administrativa e centro de visitantes, tem estilo colonial e ainda preserva características originais. Ao seu redor existem jardins, gramados, brinquedos para crianças.
Construído no século 19, posteriormente tornou-se a moradia de Américo Werneck.
Trilha das Sete Quedas
Os atrativos são uma pracinha, onde é possível descansar, a cachoeira das Sete Quedas e a diversidade de espécies da flora, com destaque para um jequitibá com mais de 300 anos. No percurso observa-se também relevo íngreme e árvores de maior porte que estão na parte mais baixa da encosta.
Extensão: 900m
Tempo: 45 minutos
Grau de dificuldade: médio
Trilha dos Palmitos
É possível avistar espécies florestais ameaçadas de extinção. Com microclima agradável, conta com uma pracinha de descanso, espécies florestais exóticas e nativas, nascentes e travessias sobre cursos d'água.
Na trilha é possível observar a regeneração da espécie palmito-juçara.
Extensão: 900m
Tempo: 30 minutos
Grau de dificuldade: baixo
Trilha dos Troncos
Possui troncos caídos que formam obstáculos e a tornam sinuosa. O percurso apresenta diversidade de espécies de flora nativa e exótica, além de eucaliptos e cursos d'água. Da trilha, é possível avistar a antiga estação de trem.
Extensão: 1.500m
Tempo: 40 minutos
Grau de dificuldade: médio
Órgão responsável pelo parque
Instituto Estadual de Floresta - IEF
Rodovia Papa João Paulo II, 4143 - Serra Verde
1º andar do Edifício Minas - Cidade Administrativa - Belo Horizonte
CEP 31630-900
Telefones: 31 3915 1752 / 3915 1507
Diretoria de Áreas Protegidas
Telefone: 31 3915-1345
Diretoria de Unidades de Conservação
Telefone: 31 3915-1381
Dica
O melhor período para visitação é de abril a outubro, quando chove menos. Entre maio e setembro, as temperaturas caem no sul de Minas, mas as caminhadas ficam bastante agradáveis.
É bom lembrar que...
- O sol forte exige chapéu e protetor solar todo o tempo.
- O melhor período para visitação dos parques é de abril a outubro, quando chove menos.
- Alimentar é importante. Portanto, leve sempre na mochila: frutas, sanduíches, biscoitos e barras de cereais, alimentos nutritivos e práticos.
- As caminhadas longas exigem hidratação constante. Tenha sempre uma garrafa de água na mochila.
- Um calçado apropriado e confortável para caminhar (tênis ou bota) é item obrigatório.
- O melhor é evitar fumar em um parque. Mas, se o fizer, tome cuidado com seu cigarro, apagando-o depois de fumar.
- Nada se deixa em um parque. Todo o lixo deve ser coletado e disposto nos locais apropriados.
- Nada se leva de um parque. Animais, plantas, rochas, frutos, sementes e conchas encontradas no local fazem parte do ambiente e aí devem permanecer.
- Caçar, pescar e molestar animais silvestres é crime previsto por lei. Os animais precisam buscar seu próprio alimento para manter o ciclo de vida natural.
- Entrar no parque com animais domésticos pode causar problemas como a introdução de doenças e ameaças ao ambiente natural.
- As áreas de visitação pública são restritas e, normalmente, possuem horários definidas.
- Nos parques estaduais existem restrições de use de imagem, consulte primeiro o IEF.
Crédito do texto
Instituto Estadual de Floresta / Guia Parques Estaduais de Minas Gerais. Editora Horizonte. 2014. Instituto Estadual de Florestas-IEF / Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais / Ministério Público do Estado de Minas Gerais.