“Você diz que sou tropeiro
Eu não sou tropeiro não
Sou tocador de burro, Marcolino
Tropeiro é o patrão”
Na rota da Estrada Real, no trecho entre Ouro Preto e Diamantina, está Ipoema, um simpático distrito de Itabira. O local presenciou, ao longo de séculos, a passagem de tropas que iam e vinham, ora transportando as riquezas arrancadas das entranhas de Minas, ora levando diversos produtos, principalmente gêneros alimentícios.
Ipoema está justamente na rota por onde circulavam as tropas a caminho do Distrito Diamantino. Em 1817, os naturalistas alemães, Spix e Martius, fazem uma pernoite na Fazenda Cabo de Agosto e registram sua passagem pela região: “Depois de Busceda e Duas Pontes, duas choupanas, transpusemos um riacho que nasce de uma jazida de itabirito e conteria grânulos de platina. No dia seguinte, partimos da Fazenda Cabo D’Agosta, passando por uma vegetação luxuriante...”
A localidade já teve muitos nomes: Estalagem, Pouso Alegre, Aliança e Santo Afonso da Aliança. Em 1943, pelo decreto-lei nº 1058, foi oficializado o nome Ipoema, para o qual existem duas versões: “ave que canta”, ou teria vindo do vocábulo “Itapoema”.
Hoje, com o desenvolvimento do Programa da Estrada Real, o passado de Ipoema vem sendo resgatado, principalmente com a criação do Museu do Tropeiro que revela a importância da localidade dentro da cultura tropeira.
Ipoema está a 85 km de Belo Horizonte e muito próxima de ótimos atrativos como: a Serra dos Alves, onde estão matas, cachoeiras e "canyons” que formam um conjunto muito especial; a Cachoeira da Conquista, que é uma queda d’água que escorre por uma parede rochosa, formando um poço estreito e fundo com uma bela mata ao redor; e o Distrito de Senhora do Carmo.
Este distrito e seu entorno situam-se dentro da Área de Proteção Ambiental Bacia do Ribeirão Aliança.
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