Sinos de Ouro Preto
Brito Machado
In Limine
De joelhos, canto nêste meu poemeto
Esses - vozes solenes de um passado,
Por mil legendas imortalizado,
Sinos sagrados, Sinos de Ouro Preto...
A santificação de um Amuleto,
Vindo da Terra Santa encomendado,
Cada um possue! Ajoelha-te, Soneto,
Pelo aroma da História embalsamado!
Acordam vozes que te emudeceram!
Erguem vasos virtuosos que morreram,
Uns esquecidos, outros na memória...
Sinos de Vila Rica Inimitáveis!
Plebes da fé, fidalgos, contestáveis
Arautos brônzeos de uma velha história...
Ouro Preto, 1945